Leve recuperação no saldo de empregos mineiro
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho mostram que o saldo de emprego celetista caiu cerca de 10 milhões entre setembro de 2013 e setembro de 2017. Essa tendência de redução do emprego continuou até o final do ano (dezembro) de 2017, quando o estoque de emprego passou para 37.868.331 (gráfico em destaque). Ao contrário, o resultado em 2018 é positivo, já que há uma leve inversão de tendência. O saldo de emprego sai de 37.946.153 no primeiro mês do ano para 38.507.474 em 30 de setembro de 2018.
Entre os principais setores da economia, a agricultura foi o único que apresentou variação negativa do emprego, ou seja, obteve maior número de demissões do que admissões. Mesmo com uma alteração pouco substancial, os setores de extração mineral, da administração pública e de serviços industriais de utilidade pública exibiram variação positiva em relação ao mês de agosto (primeiro gráfico abaixo). Já o setor de serviços foi responsável pelo maior saldo positivo no mês de análise (60.961), seguido do setor da indústria de transformação (37.449) e do comércio (28.685).
Vale ressaltar que a força de trabalho engloba todos os indivíduos acima de 14 anos que estão a procura de emprego ou que estão empregados (pessoas que trabalharam pelo menos uma hora completa) na semana de referência. Foi observado que o trimestre móvel julho-agosto-setembro de 2018 apresentou um acréscimo na força de trabalho, tanto em relação ao trimestre móvel anterior, quanto em relação ao mesmo trimestre de 2017, o que significa que houve aumento do número de pessoas à procura de emprego ou do aumento de vagas ocupadas.
Por fim, Minas Gerais apresentou resultados positivos em relação ao saldo de empregos. Com exceção do comércio que oscilou negativamente, com mais demissões que admissões no mês de análise, todos os outros setores exibiram variação positiva no estoque de empregos. O setor de maior destaque foi o de serviços com um saldo de 52.831 admissões a mais que demissões. Em segundo lugar, o setor de construção aparece com superávit de 25.955, seguido da agricultura e da indústria de transformação (ambos com cerca de 19.000 contratações) (ver segundo gráfico abaixo).
Belo Horizonte, 06 de novembro de 2018.