IBC-Br: recuperação lenta da economia e previsões

IBC-Br: recuperação lenta da economia e previsões

O resultado do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil) divulgado pelo Banco Central indica que a atividade econômica no país teve uma tímida alta de 0,07% no mês de agosto. Considerando o acumulado de 12 meses, o índice aponta um crescimento de 0,87% e, no ano, a taxa acumulada é de 0,66%.

A importância do IBC-Br vem do fato de que ele representa um sinalizador da tendência do PIB, o que permite uma avaliação do estado da economia. Seu cálculo surge da necessidade de um indicador agregado de atividade econômica que fosse divulgado mensalmente, dado que o IBGE calcula o PIB com base trimestral. Nesse sentido, o IBC-Br é utilizado para tomada de decisões de política monetária pelo Banco Central (responsável pela elaboração do índice) e contribui para a formação de expectativas dos agentes.

Dessa forma, além do contraste na frequência de apuração dos dois, existem outras diferenças conceituais e metodológicas na elaboração do IBC-Br e do PIB. No entanto, como pode ser observado nos gráficos, a comparação dos resultados obtidos para os indicadores mostra que eles possuem um comportamento próximo, o que corrobora com a utilização do IBC-Br como guia para mensurar o andamento da economia.

Já pensando na perspectiva do crescimento projetado para este e o próximo ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou sua previsão e concebe um cenário de crescimento do PIB de 0,9% em 2019 e de 2,0% em 2020. Esses valores são equivalentes aos das expectativas de mercado compiladas pelo Banco Central no Boletim Focus divulgado dia 21/10.

Fontes:

(i) Estudo Especial nº 3/2018 – BCB.

(ii) World Economic Outlook (FMI) – Oct 2019.

(iii) Boletim Focus – BCB.

Produzido por Guilherme Carvalho.

Belo Horizonte, 25 de outubro de 2019.