Taxa de desocupação é de 12,7% no trimestre encerrado em março
De acordo com os dados da PNADC (M), mais de 1,2 milhão de pessoas entraram para a população de desempregados no primeiro trimestre deste ano. No país, cerca de 13,4 milhões procuravam emprego quando da realização da pesquisa. Com isso, a taxa de desocupação passou de 12,4%, no trimestre móvel terminado em fevereiro, para 12,7% em março. Apesar do aumento, ficamos abaixo dos 13,1% registrados em março de 2018.
O IBGE destaca que há uma sazonalidade na administração pública, expressa na demissão de funcionários temporários pelas prefeituras no início do ano. No setor privado, o contingente de empregados com carteira assinada permaneceu estável na comparação com o último trimestre do ano passado, totalizando 32,9 milhões. Por outro lado, nesse mesmo setor, os empregos sem carteira assinada somaram redução de 365 mil postos de trabalho. Esse movimento foi acompanhado por um aumento no rendimento médio do trabalhador sem carteira, justificado pelo fim dos contratos temporários de final de ano, que pagam menos ao trabalhador.
De acordo com os dados do CAGED, após dois meses positivos de saldo de emprego, o resultado líquido do mês de março foi o fechamento de 43.196 vagas. O resultado contrariou as expectativas do mercado, que apostaram em uma continuidade do processo brando de criação de postos de trabalho. Os principais responsáveis por esse resultado ruim no mês de março foram comércio, com fechamento de 28.803 postos; agropecuária, com fechamento de 9.545 vagas; e construção civil, com um total de encerramento de 7.781 vagas. Os valores expressam apenas fechamentos de postos de trabalho formais.
Minas Gerais foi um dos oito estados que apresentaram resultado positivo, com um saldo líquido de +5.163 vagas formais abertas, o equivalente a um crescimento de 0,13% do total de empregos formais. Todos os demais estados do Sudeste apresentaram recuo, com São Paulo fechando 0,07% dos postos de trabalho formais, Rio de Janeiro fechando 0,21% e o Espírito Santo fechando 0,12%.
Apesar de a taxa de desocupação no país ter ficado abaixo daquela registrada em março do ano passado, a taxa de subutilização da força de trabalho é a maior desde 2012, atingindo 25%. O resultado representa um aumento de 5,6% de desalentados na comparação com o trimestre fechado em dezembro de 2018 e de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de rendimento real permaneceu estável na comparação com o trimestre móvel anterior, mas registrou crescimento de 7,5% se comparado com o valor de março do ano passado, há um ano.
Produzido por João Marcos Deolindo.
Belo Horizonte, 07 de maio de 2019.