Evolução do mercado de trabalho

Evolução do mercado de trabalho

A taxa de desocupação do Brasil, de acordo com a PNAD contínua mensal, fechou fevereiro a 12,4%, com queda de 0,2 p.p. na comparação com fevereiro do ano passado e aumento de 0,4 p.p. em comparação com janeiro deste ano.

Apesar do aumento, a série dessazonalizada registrou a primeira queda em cinco meses. O resultado reflete um aumento relativamente maior da População Ocupada (0,2%), ante aumento de 0,1% da Força de Trabalho – taxas com ajuste sazonal e na mesma base de comparação. Isso indica que mais postos de trabalho foram gerados relativamente ao saldo de pessoas que entraram e saíram da Força de Trabalho.

Houve um crescimento marginalmente significativo em alguns setores formais de emprego, como o setor privado com carteira, setor público com carteira, conta própria com CNPJ e empregador com CNPJ. Esse movimento de aumento do trabalho formal está alinhado com o que vem mostrando o CAGED desde agosto de 2018.

O número de pessoas desalentadas atingiu valor recorde da série histórica, chegando a 4,9 milhões. Isso representa um aumento de 6% na comparação com o mesmo trimestre móvel do ano anterior.

A massa de rendimento real apresentou crescimento de 0,2% no trimestre móvel encerrado em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano. Em um ano, o crescimento do indicador foi de 5,8%. Com uma tendência crescente da massa de rendimento e uma taxa de desocupação consistentemente elevada, caminhamos para uma situação de maior concentração da renda.

No mercado, a previsão para este ano ainda é de crescimento e melhora dos postos de trabalho, conquanto paire grande nebulosidade sobre as projeções, dada a instabilidade na política nacional e as ameaças de desaceleração em economias centrais.

Produzido por João Marcos Deolindo.

Belo Horizonte, 16 de abril de 2019.