Wearables e o consumidor brasileiro
Conheça essa tendência que irá revolucionar a forma como nos relacionamos com o ambiente e com a tecnologia
O comportamento do consumidor brasileiro está prestes a validar uma nova onda de wearables, equipamentos portáteis que se agregam ao dia a dia do usuário como um acessório ou peça de vestuário. Num primeiro momento o smartwatch surgiu como promissor wearable que reuniria design, praticidade e tecnologia. A aceitação mundial do gadget pode ser conferida nos números globais de venda: de acordo com a Statista, 141 milhões já foram vendidos este ano contra 75 milhões de 2017.
Mas ainda parece que o consumidor brasileiro não aderiu a essa onda dos wearables. Em parte isso pode se dever a nossa cultura de não utilizar relógios de pulso. De acordo com o Grupo Technos o consumo anual de relógios do brasileiro ainda é 4 vezes menor do que a média mundial de consumo. Por outro lado, a aquisição de smartphones no Brasil é um dos maiores do mundo: a Statista calcula que o Brasil representa 4,4% de todo mercado global de smartphones. Isso mostra uma aderência a tecnologias móveis, mas ainda restritas aos celulares inteligentes.
Wristbands – as pulseiras inteligentes
O mercado global de wearables só faz crescer a dois dígitos ano. De acordo com a Gartner o crescimento anual estimado é de 16,7%. Entre a lista dos werables podemos destacar a smartwatch, head mounted display, headset bluetooth, câmera vestível de corpo e relógios de esporte. Mas dentre todos destaca-se as wristbands – pulseiras inteligentes.
De acordo com a Gartner este mercado tende a quase duplicar de 2016 a 2021. A pulseira, diferente das outras soluções tende a ser mais barata e a ser utilizada como meio de pagamento e acesso. É provavelmente nesta leitura de mercado que bancos privados como o Santander estão apostando. O banco lançou recentemente seu cartão de crédito e débito vinculado à tecnologia de pulseira. O movimento é uma tentativa de facilitar compras e oferecer aos estabelecimentos mais oportunidades de gerar receita. É o que aponta a Simply ao constatar que pagamento sem contato vai gerar mais agilidade nas compras para clientes, mais segurança para estabelecimentos (e menos custo) e vai propiciar uma compensação bancária mais ágil.
Uma outra oportunidade para as pulseiras é sua utilização em eventos, condomínios, clubes, instituições de ensino e outros ambientes que segmentam seus grupos por acesso. De acordo com Abreu e Mendes (2018) a aceitação das pulseiras por parte do consumidor brasileiro é que vai definir este mercado. Para os autores já é promissor a condição de serem favoráveis a utilização, de acordo com a pesquisa da consultoria Worldplay de 2017.
Referências:
https://www.statista.com/statistics/538237/global-smartwatch-unit-sales/
https://www.statista.com/statistics/711722/consumer-electronics-revenue-in-brazil/
https://www.statista.com/statistics/255907/brazils-global-smartphone-market-share/
http://idgnow.com.br/internet/2018/04/24/o-brasileiro-realmente-quer-usar-wearable-para-fazer-compras/
https://www.santander.com.br/portal/wps/gcm/package/campanhas/santanderpass-08032018-V2_93788.zip/index.html
Por Rafael Tunes – Prof MSc Rafael Tunes é analista de marketing do Sebrae Minas – Escola do Sebrae.
Revisão: Plínio Monteiro