Uma das principais características que o ser humano precisou desenvolver durante seu processo evolutivo foi a capacidade de reconhecimento de padrões e a manutenção de rotinas que preservavam sua integridade física, principalmente.
Identificar rapidamente o barulho de predadores ou a chegada de uma tribo rival e saber como se comportar de forma defensiva, com táticas já usadas com sucesso no passado, eram a diferença entre vida e morte. São exatamente esses mecanismos que estão tão gravados em nosso sistema de tomada de decisão que, por muitas vezes, pode sabotar nossa capacidade de inovar.
Ao reconhecer um padrão e entender como algo funciona sentimos prazer, a alegria de compreender, dominar e poder repetir sabendo como serão os resultados futuros com previsibilidade e menor esforço para decidir.
É isso que acontece dentro das empresas e organizações diariamente. É aí que o famoso ‘’sempre fizemos deste jeito por aqui e funcionou’’ torna-se uma armadilha. Especialmente se pensarmos que na atualidade o ritmo de mudanças transforma o ponto central de qualquer negócio: o perfil e comportamentos de nossos consumidores.
Sentir prazer em rememorar o passado de forma saudosista é uma fuga para a realidade de que o único contexto disponível para atuarmos é o presente, ou seja, quando alguém ficar relembrando a época dourada de qualquer coisa, é hora de refletir que esse tempo já passou. Também é essencial a capacidade de desbravar o inédito e tentar entender tendências de futuro. Tudo isso com uma certeza em mente: o futuro será radicalmente diferente do que conhecemos até agora.
Tentar e arriscar causa inevitável desconforto e, quando algo sai errado, nossa primeira reação é a de voltar imediatamente para a forma de atuação segura. Por isso é tão importante para um gestor discutir esses temas com sua equipe e patrocinar um ambiente em que os erros são tolerados quando alinhados com os propósitos da empresa. As organizações mais inovadoras adotam uma posta de que a inovação traz dois tipos de resultado: ganhos ou aprendizados, jamais derrotas.
Por fim, vale refletir que para se buscar resultados diferentes é, por definição, necessário fazer algo diferente, a mudança acontece pela motivação da proatividade consciente ou pelo espírito de sobrevivência quando algo já começou a dar errado. Certamente, é muito melhor estar no primeiro grupo, dos que questionam, tentam, aprendem e inovam.
Fonte: https://massanews.com
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